Dia da Gentileza: quando o amor vira ação e transforma comunidades inteiras

Dia da Gentileza: quando o amor vira ação e transforma comunidades inteiras

Em um mundo acelerado e cada vez mais desconectado das relações humanas, o Dia Mundial da Gentileza, celebrado em 13 de novembro, surge como um lembrete necessário: gestos de cuidado ainda são capazes de mudar o rumo de muitas histórias.

De acordo com o relatório “NGOs and Charitable Organizations Market Report 2025”, divulgado pela Research and Markets, o mercado global de organizações do terceiro setor — que inclui ONGs, fundações, associações e cooperativas — deve movimentar mais de US$ 400 bilhões adicionais até 2029, alcançando US$ 443,2 bilhões em crescimento projetado. O estudo aponta ainda que o setor mantém uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 6,6%, impulsionado especialmente pelos mercados emergentes e pelo aumento das doações públicas e parcerias com o setor privado. Só em 2025, o volume de recursos movimentado pelo segmento deve atingir US$ 353,21 bilhões, demonstrando a força e a relevância global das iniciativas sociais.

No Brasil, instituições têm mostrado que a empatia pode e deve ser organizada, constante e transformadora.

Instituto Sow: gentileza que acolhe, alimenta e escuta

Fundado por Sheila Zanchet em 2020, o Instituto Sow já impactou mais de 60 mil pessoas em situação de extrema vulnerabilidade em diferentes estados brasileiros, unindo o enfrentamento da fome ao cuidado emocional. A organização é reconhecida por suas ações de escuta qualificada, fortalecimento de vínculos e entrega afetiva, promovendo dignidade e esperança em cada iniciativa.
Em apenas uma de suas ações, realizada neste mês de outubro em Cuiabá (MT), em celebração ao Dia das Crianças, o Instituto reuniu mais de 650 crianças em um grande evento em arena, com comida, doces, brinquedos, brincadeiras, atendimento psicológico e um dia inteiro de diversão. A atividade é um retrato da filosofia do Sow: oferecer mais do que ajuda material, mas proporcionar acolhimento, afeto e pertencimento.
Ao longo do ano, o Instituto realiza campanhas alinhadas ao calendário social, como as de material escolar, Páscoa, Dia das Mulheres, Mês das Mães, Mês da Solidariedade e Natal, sempre com foco em educação emocional, acesso à cultura e desenvolvimento comunitário.
Para Sheila Zanchet, “gentileza é escutar com o coração e agir com propósito. É fazer o bem de forma contínua, e não apenas em datas especiais”.

Instituto Junior Rostirola: de feridas a flores

Nascido da própria história de superação de seu fundador, o autor Junior Rostirola, conhecido pelo best-seller Café com Deus Pai, o Instituto Junior Rostirola é a prova de que a dor pode se transformar em propósito.
Hoje, a instituição mantém uma série de projetos que já impactaram mais de 5 mil vidas diretamente. Além de ações sociais contínuas, o Instituto realiza doações de livros a escolas, igrejas e hospitais, levando mensagens de fé, superação e esperança a milhares de pessoas em diferentes regiões do país.
“Deus me curou para que eu pudesse curar outros. A verdadeira gentileza é agir com propósito — é olhar a dor e decidir ser parte da solução”, afirma Junior Rostirola.

ONG Florescer: o amor que brota em Paraisópolis

Fundada em 1990 pela empresária Nadia Bacchi, a Associação Nadia R. Bacchi (ONG Florescer) nasceu com o objetivo de oferecer oportunidades e esperança a quem vive à margem. Desde 1995, atua na comunidade de Paraisópolis (SP), a segunda maior da capital paulista, atendendo cerca de 850 crianças e adolescentes por meio de educação, cultura, esportes e profissionalização.
Com aulas de reforço escolar, inglês, teatro, dança, violão, computação e futebol, o espaço é um verdadeiro oásis de aprendizado e convivência. A instituição também mantém o projeto Recicla Jeans, que transforma resíduos têxteis em novas peças de vestuário e decoração, formando 60 jovens por turma e unindo sustentabilidade, capacitação e geração de renda.
“Gentileza é o amor colocado em movimento e cada sorriso de uma criança atendida é a prova de que esse movimento vale a pena”, destaca Karina Bacchi, uma das apoiadoras da ONG.